FATOS POLICIAIS

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

DORALICE ALVES DE OLIVEIRA, NO JORNAL DE FATO

 



O Jornal de Fato, da cidade de Mossoró publicou uma reportagem referente a Dorinha.

Apodi – Tida como a mais antiga foliã de Apodi, Doralice Alves de Oliveira, a famosa “DORINHA” representa o que há de melhor no carnaval. Vitalidade, alegria e coragem são características dessa figura folclórica que é a verdadeira cara da folia.

Dorinha começou a brincar carnaval aos 12 anos de idade. De lá para cá, muitos foram os parceiros de festa e as mudanças ocorridas. Mas conservou o espirito jovem e a disposição de sair pelas ruas de Apodi transpirando felicidade’ Sou uma velha contente, animada”, orgulha-se.

Aos 71 anos de idade. Dorinha se fantasia e invade a praça da folia do carnaval na sexta-feira que antecede o início do carnaval. Já que não tem os amigos de outrora, mas leva consigo as lembranças e o amor pelo carnaval. É uma festeira por natureza.

Dorinha nasceu em 2 de junho de 1930, em Apodi. É filha de João Cesário de Andrade e Tertulina Bezerra de Oliveira e teve infância difícil. Venceu as dificuldades e se sente rejuvenescida a cada carnaval, que e, para ela, o melhor período do ano.

Dorinha também visito Patu  no carnaval, seu antigo reduto da folia. Mas sem esquecer Apodi. As pessoas se admiram porque sou assim, animada, diz. O saudosismo a campanha na folia. Dorinha lembra os carnavais do passado.

O bloco Unidos da Saudade, que teve sua a época áurea nos anos 70 e terminou em 1982, é recordado com carinho, Naquela época, todo mundo saia fantasiado. Era um bloco de verdade, lembra, O Unidos da Saudade era composto por jovens e adultos.

Eram cerca de noventa pessoas, com direito a mestre-sala e porta-bandeira e desfile apoteótico pelas ruas de Apodi. Dorinha lembra que todo mundo queria fazer parte do bloco, que simbolizou a época de ouro do carnaval de Apodi.

CONVERSA.

QUAL A DIFERENÇA DO CANAVAL DE APODI DE HOJE PARA O DE ANTIGAMENTE?

A PRINCIPAL DIFERENÇA É QUE ANTIGAMENTE EXISTIAM BLOCOS DE VERDADE. Hoje, são turmas. Mas não tem problema. A alegria é a mesma e a gente brinca com a mesma vontade de antes.

E QUAL A DIFERENÇA ENTRE TURMAS E BLOCOS?

Os blocos de antigamente eram mais organizados, A gente saia fantasiada. Havia competição do bloco mais bonito, e mais animado e a fantasia mais bonita. As turmas são o que muita agente chama hoje de galera.

COMO É O CARNAVAL DA SENHORA?

Saio todos os anos às sextas feiras devidamente fantasiada. Sou a foliã mais bonita de Apodi (risos). Este ano, doutora Lourdes Bezerra veio deixar a ordem para a confecção da fantasia na minha casa. Sou a única a preservar a tradição da fantasia. Também aproveito os outros dias, vou ao balneário. Saio só ou acompanhada de amigos. Mainha casa durante o carnaval é um dos principais pontos da folia de Apodi. Todo mundo na cidade gosta de mim.

OUTROS IDOSOS PARTICICPAM DO CARNAVAL COM A SENHORA?

Não. Participo do Grupo de idosos do município, mas a única pessoa de lá que brinca na rua sou eu. Vale a pena, O Carnaval do bloco Unidos da Saudade, mas me satisfaço em meio a juventude e de toda a alegria do povo. Moro em frente à praça da folia. Então, estou pronta para brincar o dia todo com meus amigos e com a minha família. Sou uma velha alegre

DORALICE ALVES DE OLIVEIRA

 

DORALICE ALVES DE OLIVEIRA, MAIOR CARNAVALESCA
APODIENSE

Conhecida popularmente por “DORINHA DE TERTO”, natural de Apodi, Estado do Rio Grande do Norte, nascida no dia 02 de julho de 1928, sendo filha do casal JOSÉ ALVES DE OLIVEIRA (ZÉ RAPOSO) e de  TERTALINA OLIVEIRA (Dona Terta). A mais extrovertida personalidade do carnaval apodiense. Concluiu o curso primário na escola Estadual Ferreira Pinto, em Apodi. Aos seus discípulos ensina o bom exemplo da alegria só haverá de abandonar a avenida da folia, quando sua vida se extinguir.

Apaixonada pela magia dos frevos: “Vassourinhas”, o teu cabelo não nega, maluca bossa nova”, dentre outros. Dorinha de Terto cai no frevo e brinca o quanto pode. Foi  a mais autêntica foliona do carnaval de Apodi, razão pela qual, ininterruptamente, há mais de meio século, participa da “FESTA DE MOMO”, sempre se fantasiando ao estilo dos velhos carnavais. Ama tudo o quanto faz na vida, família, amigo e o ofício de educadora exercido por trinta anos nas Escolas Municipais de Apodi.

Foi professora, atriz de teatro e de “dramas” (textos) teatrais encenados em Apodi nos idos de  1950 a 1960, porém é como carnavalesca que se destacou. Através do município de Apodi, desfilou pelas Escolas de Samba ‘Unidos da Saudade”, “Flagelados do Samba” e “Unidos da Saudade”” e os “Diferentes””, na época em que a cidade de Apodi festejava o reinado de momo com desfiles pelas ruas. Representou, com brilhantismo, o município de Apodi em Patu e Mossoró em eventos carnavalescos. É símbolo maior do patrimônio carnavalesco de Apodi. Contagiando a todos com sua vitalidade, num  exemplo de força e juventude invejáveis.

Faleceu em Apodi, no dia 28 de novembro de 2012

FONTE – LIVRO PAISAGEM FEMININAS DE APODI, DE MARIA VILMACI VIANA DOS SANTOS

DORALICE ALVES DE OLIVEIRA, NO JORNAL DE FATO

  O Jornal de Fato, da cidade de Mossoró publicou uma reportagem referente a Dorinha. Apodi – Tida como a mais antiga foliã de Apodi, Do...